sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

"Bom Senso"

Com tanta falação em torno dos prisioneiros das FARC, a situação da Colômbia, os desentendimentos entre Uribe e Chávez, fui pesquisar um pouco para ver o que ocorria de fato, visto que não dá para se tomar como base a cobertura ridícula da grande imprensa. Já mostrarei porquê.
Primeiro busquei saber sobre as FARC. Coisa que todo mundo que se diz interessado no que ocorre no nosso dia-a-dia e em questões sócio-políticas deveria fazer. Uma vez que a opinião da mídia tem sempre o rabo preso nos interesses do capital e nunca oferece informações confiáveis.
Não concordo com muitas coisas feitas/ditas pelo grupo, como por exemplo, seqüestro de pessoas e, pior, confinação em cativeiro. Entretanto, também não concordo com a abordagem da mídia sobre o assunto (para variar). As FARC não são meros terroristas que têm como único objetivo amedrontar e ganhar dinheiro com drogas. A situação na Colômbia é complexa, sendo impossível polarizar bons e maus. Mesmo porque, se as FARC são do "mal", Uribe é tanto quanto.
Enfim, todo o assunto é "pano para manga", mas essa polarização que a mídia tende a fazer entre bons e maus é sempre ridícula.
Devo ressaltar a devoção ao império Norte-Americano que a Rede Globo prestou. Ontem (10/01), no JORNAL DA GLOBO, mostraram o representante do governo EUA (antes de ser obrigado moralmente a agradacer a Chávez pelo esforço) dizendo que em primeiro lugar o seqüestro não poderia ter ocorrido, logo após isso a âncora do Jornal da Globo foi enfática, dizendo "é o bom senso"! Foi um comentário infeliz, abismal. É um desrespeito descomunal para com todos os países que ajudaram no resgate, mostrar como referência de bom senso aquele que assistiu bem de longe e torceu para dar errado. A edição foi mesquinha e puxa-saco de Bush em, além de não reconhecer a ajuda de países Europeus (que teoricamente teriam menos responsabilidade que os EUA em ajudar na questão), de Cuba, do Equador e do próprio Brasil, ainda oferecer Hugo Chávez, ao invés de elogios, uma 'retrospectiva' sobre o "seu" fracasso na primeira negociação. Digo entre aspas, pois o maior responsável pela falha na primeira negociação foi Uribe (confiram no Blog do Emir).

Meu apelo, agora sem ironia, é pela honestidade.

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