segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ciro: Imprensa é um partido, Serra tem horror a pobre

Vídeo: Ciro dá entrevista no UOL, malha o PiG, detona a elite, desmoraliza FHC e desmascara Serra:

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/12/03/ult5773u3208.jhtm

Chamo atenção às seguintes citações:

Sobre os DONOS de partidos no Brasil dos quais, segundo Ciro, Roberto Freire do PPS, faz parte: “Misturam suas despesas pessoais com fundo partidário, vendem tempo de televisão, não têm o menor compromisso com programa partidário, com ideologia, com nada.”

Sobre sua saída do PSDB: “Fui o primeiro e único governador eleito pelo PSDB [...] ajudei a fazer o plano Real [...] vem o FHC, joga tudo na lata do lixo [...] se atraca com as forças mais reacionárias, conservadoras e fisiológicas, entra numa má explicada história de compra de votos para se reeleição e eu faço o que? Fico quieto? O Serra ficou quieto.”

Sobre a ressalva feita pelo repórter do UOL de que o PMDB está mais bem na fita do que nunca, no governo Lula: “Isso não é verdade, Fernando. Isto é lenda urbana. Escuta aqui, o problema é lavagem cerebral. O Renan Calheiros foi, ninguém menos, do que Ministro da Justiça do governo FHC. O Romero Jucá, líder do governo Lula no Senado foi, ninguém menos, do que líder do governo FHC no Senado. O que é isso!? O resto é lenda urbana.”

Sobre a pergunta do repórter se a aliança PT X PMDB para Presidência da República (sempre criticada por Ciro) será apenas nas bases fisiológicas: “Não [...] Se a hegemonia moral for dada pelos valores que a Dilma representa: Decência, compromisso Republicano, compromisso popular, eficiência no Serviço Público, ótimo.”

Sobre plebiscito entre Lula X FHC, do qual ele não é a favor: “Pode funcionar, pois qualquer comparação entre Lula e Fernando Henrique, o Lula dá de mil. A Dilma disse 400%, mas eu acho que dá de mil.” – Note o desconforto do notável jornalista.

Sobre 2010: “O Serra desiste (para surpresa do jornalista – ênfase minha). A Dilma com 26% e ele [Serra] com 32%, eu com 14%, 13%, 15% ou 16%, ele tá perdido.” – Aqui ele confirma a vontade de encurralar Serra.

Sobre ter dito, supostamente, que apoiaria Aécio: “Jamais disse isso. E o problema é que [...] nossa grande Imprensa não é Imprensa. É uma fração de um grande partido. A Folha de S. Paulo é uma exceção, menos porque tem uma certa isenção, porque não tem, mais porque é Plural (lembrem da gráfica Plural – ênfase minha). Por isso que eu prefira a Folha, não porque ela tem isenção coisa nenhuma, porque ela é Serrista, PSDB, tucana, mas é plural.”

Novamente, confirmando a tese de que, dando uma mão para o Aécio, vai varrer de uma vez por todas Serra da política: “Sou candidato por vários motivos [...] mas sou candidato também por razões estratégicas. E esse é o argumento mais importante [...] a questão é hegemonia [...] vamos meter os pé nos políticos [...] por essa razão eu acho que o confronto radical minúsculo entre PT X PSDB de São Paulo tem feito mal para o Brasil. [...] FHC vai ao poder, o PT nega diálogo e, FHC, a pretexto da governabilidade [...] se atraca com o Brasil de ontem, do atraso, da roubalheira. [...] Lula faz um governo importante para a História do Brasil, o PSDB nega diálogo e o PT [...] se atraca com as mesmas pessoas que, lá atrás, faziam a fisiologia, a roubalheira [...] E o Aécio encerra isto, faz uma sucessão presidencial em que todos nos trataremos bem, pessoalmente. Não haverá [...] dossiês, não haverá aloprado, não haverá montanha de dinheiro apreendida para destruir um candidato na véspera. (ou seja, sem o Serra na jogada, acaba o canalhisse na política – ênfase minha). Haverá um debate sobre o futuro do país que, não destruindo um ao outro, permitirá amanhã, um encontro dos homens e mulheres de bem (leia-se o “lado de cá” – ênfase minha) para tanger o futuro do país [...] É tão importante a presença do Aécio [...] que a necessidade da minha candidatura, diminui [...] Eu quero muito ser Presidente do Brasil, agora, eu não posso fazer da minha vontade imensa de servir o Brasil como presidente, uma obsessão particular (essa será que foi pro Serra? – ênfase minha).”

Sobre os comentários de Serra dizendo que Ciro seria um “pau mandado” do Presidente Lula: “No meu caso, ele [Serra] tem uma relação clandestina. Ele sempre fez de conta que eu não existo e, por exemplo, vai na Justiça de São Paulo por qualquer coisa que eu diga e me processa por dano moral, cível [...] Eu já disse que ele deve ser o “Coiso” [...] O “Coiso” é uma entidade que eu criei para poder ter um responsável por essas coisas impressionantes, de repente, vem um bloqueio da minha conta de salário [...] Sempre o dr. Serra como autor dessas ações [...] Só porque eu disse “O Serra não gosta de pobre” , eu nem sei se eu disse isso [...] que eu sei que ele não gosta de pobre, eu sei, porque eu conheço ele de longa data. Ele tem horror a pobre [...] Se eu não disse, digo agora, porque é verdade [...] Agora tem alguma coisa para você processar por dano moral, na luta política? [...] Eu sou aliado do Lula. Ele quis é me diminuir. (jornalista pergunta: Diminuiu?) Claro que não. Eu sou aliado do Lula, enquanto ele é aliado do FHC. Eu tenho orgulho de dizer que sou aliado do Lula e quero saber se ele assume que é aliado do FHC, com a clareza e entusiasmo que eu assumo [...].”

Sobre o Curriculum de Serra: “Ele foi ministro do FHC por 8 anos. Primeira etapa foi Ministro do Planejamento, ele estava quando se concebeu o modelo de privatização [...] O Serra que fala, ou espalha pelas penas amestradas que ele tem na Imprensa brasileira, estava lá no Ministério do Planejamento, centro da equipe econômica, quando do desmantelo da manipulação do câmbio aconteceu (parece que nem de câmbio ele entende – ênfase minha).” O notório repórter diz que “ele [Serra] sempre foi um crítico da política econômica [de FHC]”, Ciro responde: “Sim, mas como é que o cara é crítico, engraçado. Crítico sou eu, que rompi e tive que explicar para você na primeira pergunta porque que mudei de partido. Ele fica. Aí é bom demais. Então agora é o seguinte: Eu sou aliado do Lula, mas não tenho nada a ver com as coisas erradas que aconteceram no governo do Lula. Assim é uma maravilha. E aí o candidato do Fernando Henrique à Presidência da República é o Serra e “o Serra sempre foi um crítico”. Assim é moleza. Aí o cara vira prefeito de São Paulo e nomeia o PFL, o DEM, para a prefeitura da principal cidade da América Latina?! E banca o progressista! Assim eu também vou!”

Sobre o comentário do Presidente Lula em relação ao mensalão do DEM: “O que o Presidente disse foi um truísmo [...] O que ele disse não é que a imagem não é contundente, o que ele disse é que a imagem não diz tudo. Disse ele, como digo eu também, (a parte que a mídia não citou – ênfase minha) é preciso apurar e fazer vir a Justiça.”

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